sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Chili de Batata Doce e Feijão Preto (vegetariano)

 O tempo finalmente arrefeceu e eu confesso que adoro o Outono e tudo o que este traz com ele: abóbora, batata doce, ....
Com estes dias assim já começa a apetecer uma refeição reconfortante que nos deixa mesmo satisfeitos. Esta foi uma delas. 
Encontrei-a a receita aqui e foi só fazer umas adaptações à minha maneira e gosto pessoal. Roubei muito nos cominhos porque por alguma razão se abusar nunca fico bem disposta. Acho que se não gostarem podem omitir mas o resultado final não será o mesmo. Usei ainda paprica fumada que trouxe da viagem de férias e que realmente deu um toque especial ao prato. Estava delicioso.
A receita dá para duas pessoas.

Vão precisar de:

- 1 batata doce média/grande
- 1 cebola pequena
- 1 dente de alho
- 1/2 lata de tomate em pedaços
- 1 lata pequena de feijão preto 
- 1 talo de aipo picado
- 1 colher café de paprica fumada
- 1/2 colher café de cominhos
- 1 colher café colorau doce
- 1/2 colher café de flocos secos de malagueta(chili)
- coentros q.b.
- sumo de meia lima/limão
- 1 colher sopa de azeite
- sal e pimenta q.b.

 Num tacho colocar o azeite e a batata doce cortada aos cubos, a cebola picada e o aipo. Deixar em lume médio/forte mexendo bem cerca de 4 minutos. 
Juntar o alho picado, colorau, paprica, chili, cominhos e mexer bem. 
Adicionar água até cobrir e deixar tapado em lume médio/brando até a batata doce estar quase cozida.
Juntar o tomate, o feijão preto previamente escorrido e o sumo de lima. Mexer bem, tapar e deixar ao lume mais 5 minutos. Retificar temperos. Devem provar sempre porque o feijão ás vezes já tem sal, eu praticamente não precisei de por.

Temperar com coentros picados e envolver bem.  Reservar umas folhinhas de coentros para decoração.

Acompanhar com arroz branco e sumo de limão.

É mesmo muito bom e rápido de se fazer. 



Bom apetite

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Empadas de Carne (sem glúten)

Olá, depois de muito (muito) tempo aqui estou de volta.
Os meses de Maio, Junho e Julho são terríveis para os professores, ainda que a maior parte da população ache que somos todos uns malandros com três meses de férias, há avaliações a fazer, exames para classificar e todo um sem número de tarefas nas escolas que ninguém sequer imagina por fazer. Não sobra muito tempo para mais nada a não ser descansar nos tempos livres para aguentar até umas merecidas férias. E foi o meu caso. Desculpem a ausência. 
Fui tentando ainda ir colocando algumas sugestões saudáveis no Facebook aquelas de ultima hora e de acordo com a imaginação. 
Depois de umas férias a correr de um lado para o outro (ainda hei-de vos escrever sobre isso) chegar e voltar às rotinas, horários escolares dos filhos, horário da mãe e todas as outras atividades extra curriculares...correr. Tem sobrado por enquanto um pouco de tempo para fazer experiências. Hoje trago-vos o resultado de uma que correu muito bem.
Havia aqui por casa uns restos de carne grelhada que certamente já ninguém queria comer. Não gosto de desperdício e deitar comida fora só mesmo se estiver estragada e portanto fiquei a pensar o que fazer sem ser os normais croquetes que tenho hábito de cozinhar nestas situações e principalmente porque queria evitar os fritos depois do enorme estrago em termos alimentares que foram as férias, como calculo que foram também as vossas. 
Tinha encontrado enquanto navegava no FB uma receita de massa de empadas sem gluten e apesar de adorar as de frango não foi tarde nem cedo para aproveitar as sobras de carne.
 A receita deu para 12 empadas.

Vão precisar de:

MASSA das empadas:
- 1 chávena de farinha de arroz
- 1 chávena de farinha de grão de bico
- 4 colheres de sopa de polvilho doce
- 2 colheres de sopa de farinha de linhaça
- 1 colher de chá rasa de sal
- 4 colheres de sopa de margarina (usei BECEL culinária)
-  2 ovos
- água gelada q.b.

- óleo de coco q.b.

RECHEIO
- sobras de carne (usei 4 bifinhos do lombo de porco + 2 bifinhos vaca grelhados)
- chouriço a gosto
- 2 chalotas picadas muito fininho
- 1 dente de alho picado
- colorau doce q.b.
- salsa picada q.b.
- 1 colher sopa azeite
- 100 ml leite (pode ser vegetal desde que não seja açucarado) +  para pincelar
- sal e pimenta q.b.


Começar por preparar a massa. 
Misturar as farinhas e o sal numa taça. Adicionar a margarina e desfazer com os dedos até ficar uma massa esfarelada tipo migalhas. 
Numa taça à parte bater ligeiramente os ovos e adicionar à farinha mexendo bem. 
Adicionar a água gelada, uma colher de sopa de cada vez se for necessário para obter uma massa firme e lisa, sem esfarelar. 
Fazer uma bola com a massa, envolver em película aderente e colocar no frigorífico no mínimo meia hora.

Entretanto prepara o recheio.
Na picadora colocar a carne e o chouriço e triturar bem.
Colocar o azeite ao lume com as chalotas e deixar murchar, adicionar o dente de alho e o colorau e mexer bem. Adicionar a carne picada envolvendo bem. De seguida ir adicionando ao pouco o leite até obter um recheio cremoso. Pode ser necessário um pouco mais que a dose recomendada.
Temperar de sal e pimenta e com a salsa fresca picada. Reservar. 

Com um pincel, untar 12 formas de queque com óleo de coco. Reservar.

Decorrido o tempo de repouso retirar a massa e estica-la com o rolo ligeiramente numa superfície untada com óleo de coco.  O rolo também pode ser untado ou polvilhado com farinha de arroz.
Dividir a massa em 12. De cada parte reservar um pouco de massa para as "tampas" das empadas. Forrar cuidadosamente as formas de queque ajeitando com os dedos para a massa não ficar muito grossa.
(Eu não consegui usar o cortador nem o rolo porque a massa se desfaz um pouco) 
Com uma colher de chá rechear as formas e tapar com a massa restante unindo bem as bordas. 
Pincelar bem e generosamente com leite e levar a cozer em forno a 180ºC previamente aquecido e ventilado. Cozem em cerca de 25 minutos mas convém ir vigiando. Estão prontas quando estiverem douradas e cozidas. 

Bom apetite!

terça-feira, 24 de maio de 2016

Noodles de Arroz Orientais

Ora aqui está a prometida receita de noodles de arroz. Finalmente. Vida de professora em final de ano letivo não é fácil!

Este é um prato habitual cá em casa e é preciso fazer mesmo uma dose industrial porque todos repetem. No entanto sobra sempre um bocadinho que fica muito bom aquecido para uma emergência no dia seguinte. Se aí em casa comerem pouco podem sempre guardar no frigorífico que se come lindamente no dia a seguir. 
Deixo-vos a dose que habitualmente faço e que é para aproximadamente 6 pessoas(que comam bem).
Há vários tipos de noodles de arroz. Uns mais fininhos conhecidos por cabelos de anjo, e outros ligeiramente mais largos e mais utilizados na cozinha tailandesa. Há ainda uns mais largos tipo a massa fettuccine que são os que se utilizam para fazer Pad Thai. Esta receita fica perfeita com os mais fininhos ainda que desta vez usa-se os outros pois eram os que haviam em casa.

Também fica melhor com legumes frescos, mas também não tinha cogumelos frescos e por isso usei de lata.

Podem facilmente substituir os pedaços de frango por camarão cozido e pelado ou até mesmo fazer a receita apenas com legumes, que é mesmo a minha preferida. Desta vez fiz com miolo de camarão congelado. A mais nova cá de casa é pouco dada a legumes e afasta-os, eu faço o mesmo com o frango. Na prática fazemos uma troca. 

Vão precisar de:

- 3 peitos de frango sem pele e cortados em tiras finas OU 300gr miolo de camarão
- 1 embalagem de noodles de arroz  - na figura
- 1/2 de um pimento vermelho cortado em tiras
- 1/4 de um pimento verde cortado em tiras
- 1 talo de aipo cortado em fatias finas
- 1 cenoura média cortada em fatias/quartos finas
- 1 lata de cogumelos laminados (ou cogumelos frescos laminados)
- 1cm de raiz de gengibre fresco picada
-  bróculos em floretes (quantidade a gosto)
- 3 dentes de alho
- grãos de pimenta preta q.b.
- sal e pimenta q.b.
 - 4 colheres de sopa de molho de soja (sem gluten) ou tamari
- 2 colheres sopa de vinagre balsâmico (sem gluten)
- 1+ 1 colheres sopa de óleo de sésamo
- 1 colher sopa de óleo de amendoim
- cebolinho q.b.
- sementes de sésamo pretas q.b. para finalizar

Começar por colocar os noodles numa tigela larga e cubrir com água a ferver e temperar de sal. Tapar e reservar. Cuidado para não deixar ficar muito mole. Em seguida escorrer a água, passar por água fria e com as mãos envolver uma colher de sopa de óleo de sésamo. Reservar.

Começar por preparar todos os legumes.
Num wok ou numa frigideira anti aderente colocar a colher de sopa de óleo de amendoim e os grãos de pimenta e quando o óleo aquecer bem  o frango (ou camarão) e deixar fritar bem.
Quando estiver pronto colocar num prato e reservar. Escorrer a água e reservar numa taça. Limpar o wok com papel aderente e deitar a outra colher de sopa de óleo de sésamo. Quando estiver bem quente adicionar todos os legumes previamente preparados e deixar em lume alto, controlando até estarem caramelizados. Em seguida adicionar o frango (ou camarão), temperar com sal e mais pimenta e envolver bem e deixar ganhar sabores. Adicionar a água escorrida da fritura do frango/camarão e uma colher de sopa de molho de soja, misturar bem e deixar ao lume até que seque.


Retirar do wok e reservar.
Numa taça misturar o restante molho de soja e o vinagre balsâmico assim como 2 colheres de sopa de água. 
Limpar o wok novamente com uma folha de papel de cozinha e adicionar um fio de óleo de amendoim, deixar aquecer bem e juntar os noodles de arroz que se preparam logo no inicio. Deixar fritar ligeiramente e de seguida adicionar a mistura de molho de soja e balsâmico. Misturar bem e por fim adicionar os legumes envolvendo tudo muito bem.

No final polvilhar com sementes de sésamo pretas e cebolinho picado. 

Se gostarem muito de molho de soja basta duplicar a quantidade mas atenção que o molho de soja é salgado. Este que uso, da marca Globo não deixa os noodles escuros como podem verificar. 

Eu como gosto de um sabor ligeiramente picante adiciono no final uns flocos de chili. 

Depois digam se gostaram e como ficou.


Bom apetite!



sexta-feira, 22 de abril de 2016

Estufado de Beringela e Grão com Millet e Harissa

Os dias deste Abril têm estado cinzentos e eu tenho andado com as crises das alergias do costume e meio doente e por isso só me apetece comida de tacho, daquela comida quentinha que nos reconforta sempre. 
Um dia destes vi uma publicação do Jamie Oliver com umas beringelas recheadas picantes com harissa e fiquei logo intrigada. Andei a pesquisar pela internet mas afinal o prato só é servido nos restaurantes dele.
Como há pouca coisa que me demova lá andei de pesquisa em pesquisa à procura de alguma receita parecida que me servisse de inspiração, por fiquei com muita vontade de experimentar aquilo e tinha aqui umas beringelas biológicas em casa mesmo a pedi-las. Encontrei esta que para variar levou o meu toque pessoal e a adaptação para gluten free.
Harissa, para quem não sabe é uma pasta que se usa em pratos variados no Norte de África e é uma mistura de malagueta com paprica, pimenta caiena, cominhos e outras especiarias com azeite.


Se quiserem tornar o prato completamente vegan basta não adicionar os ovos que realmente se tornaram perfeitamente dispensáveis.
É um prato muito saciante e cheio de proteína vegetal. Esta dose deu para 3 refeições individuais.
Espero que gostem. 

Vão precisar de:

- 1 beringela média
- 1 talo de aipo picado
- 1 lata de grão cozido pequena
- 1 lata de tomate em pedaços pequena
- 2 chalotas
- 1 dente de alho grande
- 3 colheres sobremesa de pasta Harissa (comprei no Jumbo)
- 2 colheres sopa de azeite
- 1 pau de canela
- 1 colher chá de açúcar mascavado
- 50g de millet
- água ou caldo de legumes q.b.
- 3 ovos biológicos (usei os das galinhas do pai)
- sal grosso integral
- sal e pimenta q.b.
- salsa fresca picada
- gomos de 1 limão para finalizar
 
Começar por cortar a beringela em cubos pequenos. Polvilhar com sal grosso e deixar num escorredor alguns minutos. Escorrer o grão, passa-lo por água fria e reservar.
Enquanto isso picar as chalotas e o talo de aipo e colocar ao lume com o azeite e o dente de alho esmagado. Quando a cebola estiver transparente juntar a beringela escorrida e passada por água para eliminar os vestígios de sal e deixar cozinhar cerca de 5 minutos até a beringela murchar e ficar ligeiramente castanha. 


Juntar ao que está ao lume a pasta Harissa, o grão escorrido assim como o tomate em pedaços, o pau de canela, o açúcar e água (cerca de 150 ml). Adicionar sal e pimenta a gosto. Tapar e deixar cozinhar por outros 5 minutos aproximadamente. 

Passado este tempo adicionar o millet e mais água se for necessário e deixar ao lume tapado um minuto.

Partir os ovos, um a um para uma taça e adicionar ao estufado, fazendo umas covas para os colocar. Temperar os ovos com um pouco de pimenta e sal (eu tenho misturados num moinho), tapar e deixar cozinhar os ovos durante cerca de 12 minutos. Na fase final retirar a tampa para apurar o molho.

Polvilhar com salsa picada fresca, que eu não tinha e por isso usei congelada.

Quando servir adicionar gomos de limão para espremer sobre o prato. 

Bom apetite.
 
 

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Bolo de Limão, Laranja e Sementes de Papoila (sem gluten)

Há dias em que apetece mesmo um bolinho caseiro, este saiu como se costuma dizer à pressão.
Apesar de não ser um bolo fofinho e ficar pequenino, porque utilizei farinha de milho, estava muito saboroso, tanto que não durou tempo quase nenhum. Por isso acho que posso partilhar a receita.
Como o tempo está farrusco outra vez, nada como ligar o forno e fazer um chá quentinho para acompanhar. 

Vão precisar de:

- 5 ovos pequenos
- 100g de manteiga derretida
- 100g de açúcar mascavado
- 1 iogurte natural não açucarado
- raspa de uma laranja
- sumo de uma laranja
- sumo de meio limão
- 1 copo de iogurte de farinha de milho
- 1 copo de iogurte de farinha de arroz
- açucar baunilhado q.b.
- 1 colher sopa de fermento em pó
- 1 colher chá de goma xantana
- sementes de papoila (opcional) a gosto
- óleo para untar a forma

Para a calda:
- 2 colheres sopa açúcar em pó
- sumo de meio limão

+ açúcar em pó para polvilhar.

Pré aquecer o forno a 190ºC.
Começar por derreter a manteiga e reservar. 
Bater os ovos inteiros e adicionar o açúcar e o açúcar baunilhado a gosto. Bater durante alguns minutos até ter um creme sem grãos. Adicionar a manteiga derretida e continuar a bater. Juntar as raspas da laranja e limão e o iogurte e bater bem. 
Usando o copo do iogurte medir as farinhas e adicionar à massa, assim como o fermento e a goma xantana. Bater mais um pouco para que fique tudo bem envolvido. 
Adicionar as sementes de papoila a gosto e envolver bem com uma espátula.


Untar ligeiramente uma forma de silicone com pouco óleo e verter a massa.
Levar ao forno até estar cozido (teste do palito).

Fazer uma calda com o açúcar em pó e o sumo de limão e adicionar um pouco de água se necessário. Deve ficar uma calda mais ou menos liquida.
Desenformar o bolo sobre uma rede e transferir para um prato cerca de 5 minutos depois e verter a calda sobre o bolo. 
Quando frio polvilhar com açúcar em pó.



Bom apetite!



segunda-feira, 4 de abril de 2016

Experiência - Workshop de Cozinha Saudavel na Academia Time Out com a Joana Limão do Lemonaid

Esta publicação hoje não trás uma receita mas várias. E uma experiência.
Como já devem ter percebido, aqueles que me conhecem, a minha alimentação tem andado a sofrer alguns ajustes. Para além do gluten que tive que retirar por motivos de saúde tenho andado a tentar fazer uma alimentação mais saudável, com poucos ou nenhuns alimentos processados e a reduzir cada vez mais a proteína animal.
Sempre gostei de experimentar coisas diferentes no que à alimentação diz respeito e aliada à procura que tenho feito de receitas diferentes, sem gluten, foi surgindo a curiosidade de experimentar as vegetarianas pois todas as opções que me surgiam tinham um ar tremendamente sugestivo e delicioso. Quem acha que vegetarianos e vegans só comem saladas está tremendamente enganado.
As receitas normalmente são muito simples de se fazerem e a verdade é que apesar de ainda comer alguma carne e peixe me sinto muito melhor e com mais energia se não os comer.

Estou-vos a explicar isto tudo para perceberem como cheguei até à experiência do workshop. Na verdade e por causa desta aprendizagem que vou fazendo tenho seguido o blogue da Joana, o Lemonaid que é uma perdição e recomendo. Não me inscrevi logo no workshop porque não sabia se me era possível estar presente mas participei no concurso em que a Joana oferecia dois convites e um acaso de sorte fez-me ser uma das contempladas.
Lá fui eu cheia de entusiasmo num sábado de manhã aprender umas coisas. E foi tão bom, adorei!

Quer a Joana, quer a equipa da Academia Time Out , para além do profissionalismo, foram de uma disponibilidade e simpatia extraordinárias fazendo questão que todas tirássemos o maior proveito possível desta experiência, . Para além disto, as instalações da Academia de cozinha fazem-nos sentir verdadeiros MasterChefs.




Começamos com uma visita ao mercado para escolher alguns dos ingredientes que iriamos utilizar nas receitas que nós próprios confecionamos e depois comemos. Apesar de para mim uma visita ao mercado tradicional seja algo normal e que faço com alguma regularidade e à vontade, aprendi algumas coisas sobre alguns legumes que não são fáceis de encontrar e que estavam à venda na banca que visitamos.

Depois voltamos à academia para confecionar a entrada, uns tacos vegetarianos que estavam absolutamente divinais: sem hidratos de carbono, com feijão preto e manga em folhas de alface ficaram assim:


Enquanto íamos cozinhando iam-nos servindo uma água aromatizada com hortelã e frutos vermelhos que acompanhou sempre o workshop e a refeição. Refrescante e revitalizante.

O prato principal foram uns zoodles (noodles de curgete) com legumes e um molho com toques orientais semelhantes ao de um Pad Thai. Assim que soube fiquei felicíssima pois sou fã de comida oriental. Participamos na "criação" dos noodles feitos com um espirilizador (spiralizer) que eu andava mortinha por experimentar e que só ainda não comprei porque todos os que tinha visto não me inspiravam confiança nenhuma. Agora já tenho uma referência e não vai passar desta semana sem vir um cá para casa.
Este aparelho permite fazer noodles de qualquer legume como a curgete, abóbora, batata doce, cenoura, beterraba, etc...
O meu resultado final foi este:


Comi de gosto.

No final a Joana preparou-nos um mimo de sobremesa (que eu não fotografei) que consistia em fruta em pedaços com sumo de laranja, um molho leve de chocolate e um toque especial no fim.
Foi o final perfeito.

A experiência foi toda em si maravilhosa. A repetir sem dúvida.
Conheci um grupo de pessoas simpáticas e é tão giro conhecer outros tantos de nós que por aqui andam blogosfera fora.

A Academia Time Out tem workshops regulares para todos os gostos e idades. Podem comprar bilhete através da ticketline ou no edifício do Mercado da Ribeira em Lisboa. Mais uma vez recomendo e não vai demorar até nova experiência.

Um OBRIGADO à Joana em especial.


Deixo-vos novamente o link para o Lemonaid 👉 http://www.lemonaid.pt/ que é um must see.

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sábado, 2 de abril de 2016

Pão Caseiro (sem gluten)

Apesar de já conseguir fazer muitas receitas boas de pão gosto sempre de experimentar novas nada me dá mais prazer na cozinha que fazer pão. É algo de tão básico mas que me deixa sempre feliz. Para além do cheiro que fica a pão fresquinho na casa toda.
Para além disso, nunca sabemos se o que estamos a fazer vai ser o melhor que já comemos, há que experimentar...e experimentar.
Este resultou de uma versão que encontrei aqui e que adaptei. A receita original manda fazer um pão grande, eu achei que tinha muita massa, pois deixei levedar à antiga, e decidi fazer dois pães médios.
Podem fazer e congelar em fatias para consumir depois.
Estes não duraram muito pois ficaram maravilhosos no ensopado de borrego do dia de Páscoa.

Vão precisar:

- 50 gr de sementes de linhaça dourada
- 1 saqueta de levedura instantânea (sem gluten)
- 1 iogurte natural não açucarado
- 1 colher sobremesa de sal
- 2 colheres de sopa de sementes de psyllium
- 1 colher sobremesa de goma xantana
- 1 colher chá de açúcar mascavado
- 1 colher sopa de azeite ou óleo de girassol
- 450 ml de água morna
- 500 gr de mistura de farinha sem gluten
       200g de farinha panificável sem gluten (usei marca Área Viva do Continente)
       100g farinha de arroz
       100g farinha de milho
         50g fécula de tapioca
         50g fécula de batata

Começar por aquecer o forno a 180ºC e espalhar as sementes de linhaça num tabuleiro. Levar ao forno até que dourem ligeiramente, ter só atenção para não deixar queimar.
Aparentemente, e de acordo com a descrição da receita original isto faz com que se liberte uma goma das sementes quando ficam húmidas na massa, semelhante ao gluten deixando a massa mais fofa e dando aquele gostinho a pão caseiro. Pude confirmar isto tudo no fim.

Numa taça misturar a água morna com o fermento e o açúcar e deixar no mínimo 5 minutos até o fermento ficar ativado. Em seguida adicionar o iogurte e as sementes e reservar.

Noutra tigela, larga misturar bem as farinhas, a goma xantana,  as sementes de psyllium e o sal. Adicionar a mistura do fermento e o azeite/óleo e misturar bem até fazer uma massa fina. Adicionar mais um pouco de água morna se necessário.
Deixar repousar durante 5 minutos para que a massa se transforme numa massa firme.


Passado este tempo voltar a mexer/amassar por cerca de 10 segundos, tapar com um pano húmido e deixar levedar em local quente no mínimo por 30 minutos. Eu envolvo sempre a massa tapada num cobertor quentinho e resulta bem. 

Enquanto isso, forrar um tabuleiro com papel vegetal e depois de levedada a primeira fase moldar o pão no tabuleiro (ou dois se fizerem como eu). Ajuda se molharem as mãos em água, a massa não cola ou cola menos.
Tapar com uma folha de papel vegetal e voltar a deixar levedar no mínimo 30 minutos.
Quanto mais tempo a massa repousar melhor. A minha esteve pouco mais de uma hora.

Entretanto aquecer o forno a 240ºC e colocar um recipiente com água no fundo do forno. Isto faz com que o pão fique mais estaladiço por fora.

Destapar o pão/pães levedados e fazer uns riscos com as costas duma faca e polvilhar com farinha de milho para ficar com aquele aspeto rustico. 


Levar ao forno por cerca de 30 minutos se forem dois pães ou um pouco mais se for um pão maior que demorará mais tempo a cozer até que fiquem cozidos e dourados.

Deixar arrefecer numa rede antes de cortar. E acreditem que com o cheirinho e aspeto com que ficam o difícil é esperar. Eu confesso que não esperei e comi uma fatia morna com manteiga. Delicioso.


Bom apetite!



sexta-feira, 1 de abril de 2016

Esparguete Cremoso com Pesto de Bróculos

Assim que vi, esta semana, esta receita da Smitten Kitchen disse logo que tinha que a experimentar.
Fiz uma versão com esparguete sem gluten e tornei-a vegetariana (vegan se omitirem o parmesão no fim ou o substituírem por uma versão de queijo ralado vegan) porque ando a cortar na lactose e em coisas que fazem gordurinhas extra como as natas.
Ficou muito bom, cremoso e suculento e é de certeza para fazer mais vezes. É de confeção muito simples e leva muito poucos ingredientes. Como não tinha brócolos frescos, tinham-se acabado, até usei congelados que tenho sempre para as "emergências".
Aqui fica então a minha versão desta receita, que neste caso foi só para uma dose individual mas que é muito fácil de acrescentar.

Vão precisar de:

- 6 floretes de brócolos (mais ou menos consoante o vosso gosto)
- 1 chalota
- 1 dente de alho
- 1 colher sopa de azeite
- 2 colheres de sopa de creme de coco
- esparguete sem gluten q.b.
- sal
- mistura de 4 pimentas moídas na hora
- sementes de abóbora q.b.
- queijo parmesão ralado na hora a gosto (opcional)

Numa panela grande, que leve um cesto de cozer a vapor, colocar água a ferver para cozer o esparguete. Colocar as floretes de brócolos por cima e cozinhar enquanto a massa coze, temperada de sal e com um fio de azeite para não colar.
Escorrer a massa guardando cerca de 1 chávena da água da sua cozedura.
Na mesma panela onde cozeu a massa, e depois da mesma escorrida e da panela seca, colocar o azeite e a chalota picada e deixar ficar transparente. Em seguida adicionar o alho picado (cuidado para não queimar) e as floretes de brócolos ligeiramente picadas se estiverem muito grandes. Envolver bem e deixar caramelizar um pouco, depois adicionar o creme de coco e misturar bem até que derreta. Deixar ferver cerca de 1 minuto. Apagar o lume e deixar arrefecer ligeiramente, colocar tudo num processador, temperar com sal e a pimenta moída na altura e triturar. Eu gosto de sentir os bocadinhos por isso não triturei demasiado, mas esta parte fica a vosso gosto.
Voltar a colocar na panela a massa e adicionar o pesto que fica uma papa meio grossa.



Ir adicionando aos poucos e a gosto, até ficar cremoso a água de cozer a massa que tinham reservado.
Servir com as sementes de abóbora e o queijo parmesão se gostarem.
Eu confesso que não resisto a um bom parmesão e a minha massa ficou inundada do mesmo.
Podem também adicionar um pouco de parmesão no processador para o pesto.



Bom apetite.



quarta-feira, 30 de março de 2016

(O meu) Chili Vegan

Caso não saibam diz que o feijão é uma ótima fonte de proteína vegetal e por isso esta é uma refeição completa.
Esta é uma das receitas que correu melhor e fica ainda melhor quando é comido no dia seguinte. A quantidade que fiz deu para três refeições individuais.

Vão precisar de:

- 1 lata de feijão encarnado
- 1 lata de feijão preto
- 1 lata de milho doce pequena
- 1 talo de aipo
- 1 cebola média/pequena
- 2 dentes de alho
- 1/2 chili verde picado
- 1 mini pimento verde
- 1/2 pimento italiano vermelho
- 1/2 lata de tomate triturado
-  azeite q.b.
- sal e pimenta q.b.
- flocos de chili
- limão e coentros para finalizar

- arroz basmati para acompanhar

Começar por picar a cebola, o alho e o aipo e levar ao lume, num tacho, com o azeite até a cebola murchar. Em seguida juntar o chili e os pimentos cortados em fatias e deixar fritar um pouco.
Entretanto escorrer toda a água do feijão enlatado (de ambos) e passar por água para libertar a goma.
Claro que se optarem por cozer o feijão em casa é mais saudável e nutritivo pois grande parte dos nutrientes fica na água de cozedura.
Adicionar os feijões e o tomate triturado e um pouco de água. A quantidade de água tem a ver se querem que o resultado final fique com mais ou menos caldo. Adicionar os flocos de chili e tapar. Deixar ferver e baixar o lume até ao menor possível e deixar cerca de 15 minutos. Quase no final adicionar a lata de milho escorrida. Deixar ficar no tacho tapado alguns minutos antes de servir (por exemplo enquanto faz o arroz).

O arroz basmati deve ser cozido em água com sal, cravo de cabecinha e sementes de cardamomo. Escorrer bem e passar por água fria para ficar soltinho.

Colocar num prato fundo o arroz e o chili ao lado. Finalizar com coentros picados e sumo de limão mesmo antes de servir. Parece mariquice mas acreditem que faz toda a diferença.

Acompanhar com totopos de milho (estes são de compra, sem gluten)

Bom apetite.



sábado, 26 de março de 2016

Heart Cross Buns - Mini Folares de Páscoa (sem gluten e sem açucar)

Apesar de também ter escrito no titulo desta mensagem mini folares, a verdade é que esta é uma versão hibrida entre folares portugueses e a versão internacional "hot cross buns".
A minha máquina de fazer pão avariou e não tenho bimby portanto sem a opção de amassar sem ser à moda antiga este ano abdiquei da receita tradicional de família (que fiz o ano passado -aqui-) e arranjei maneira de fazer outra, a minha, num cruzamento entre a versão internacional e a portuguesa.
Para além disso tinha ido às compras ao supermercado chinês no Martim Moniz ontem e trouxe uma mistura de 13 especiarias (erva doce, funcho, canela, funcho, laranja, ...) que estava doida por experimentar e pareceu-me ser a altura e receita ideais.
O resultado foi muito bom e confesso que gosto muito mais desta minha versão, mais "leve". Decidi chamar-lhes Heart Cross Buns por esta ser uma altura em que me traz sempre as boas recordações da minha bisavó Rita a ideia original era desenhar-lhes uns corações em vez das cruzes mas esta foi a parte que não saiu tão bem. Omiti as passas tradicionais da receita original porque queria que fossem mais parecidos com os meus folares.
Esta é também uma versão sem açúcar refinado e a inspiração veio daqui.

Vão precisar de:

- 1 chávena de leite quente (usei leite de soja) + 2 colheres sopa para finalizar
- 2 pacotes de levedura instantânea
- 500 gr de mistura de farinhas sem gluten (usei a minha mistura que descrevo abaixo)
- 1 colher sopa de mistura de 13 especiarias chinesas
- 1 colher sopa de canela
- 1/2 colher sopa de gengibre em pó
- 1 colher sopa de sal
- raspa de uma laranja
- raspa de um limão
- 2 colheres de sobremesa de aguardente de medronho
- 1/2 chávena de mel + 1 colher sopa
- 4 ovos pequenos
- 100g de manteiga derretida
- óleo vegetal q.b.
- manteiga q.b. para untar no fim.

Começar por misturar bem as farinhas numa tigela grande: 250 de mistura de farinha para pão (usei da marca Continente); 100g farinha de arroz; 100g farinha de trigo sarraceno; 25g de fécula de batata e 25g de fécula de tapioca; 1 colher sobremesa de goma xantana e 1 colher sopa bem cheia de sementes de  psyllium. A esta mistura juntar as especiarias, canela, gengibre em pó, o sal e as raspas de laranja e limão, misturar bem e reservar.
Num recipiente juntar à levedura, a colher de sopa de mel e adicionar o leite quente (atenção que não deve estar demasiado quente senão "mata" o fermento). Misturar bem e reservar pelo menos 5 minutos até fermentar.

Enquanto isso bater os ovos com a 1/2 chávena de mel e adicionar a manteiga derretida e a aguardente.
Juntar esta mistura à mistura das farinhas e misturar bem, em seguida adicionar o fermento e mexer bem. Tapar a massa com um pano húmido e reservar meia hora em local quente. Eu costumo tapar com uma manta e apenas ter cuidado para não apanhar correntes de ar.
Findo este tempo forrar dois tabuleiros com papel vegetal e untando as mãos com óleo, para a massa não pegar, formar bolinhas pequenas (dá para cerca de 20) e coloca-las espaçadamente nos tabuleiros.
Com uma tesoura fazer cruzes por cima, ou com uma forma de bolos os corações - espero que tenham mais sorte que eu -.
Voltar a tapar e reservar no mínimo uma hora para que levedem bem.
Antes de ir ao forno pincelar com leite.

Pré aquecer o forno a 180º. Cozer durante cerca de 20minutos vigiando sempre porque o leite em cima faz com que fiquem castanhos rapidamente.
Retirar do forno e unta-los com manteiga enquanto estão quentes para ficarem brilhantes.

Ficaram muito bons e o cheirinho em casa enquanto estão no forno é qualquer coisa de absolutamente divinal.
Não resisti a provar um ainda morno, estava levezinho e muito saboroso.

Boa Páscoa!




quinta-feira, 24 de março de 2016

Portobello Recheados com Quinoa e Molho de Tomate

Esta foi também uma das minhas experiências mais bem sucedidas. Andei na internet à procura de ma boa receita de cogumelos recheados pois tinha aqui uns Portobello mesmo "a pedi-las", encontrei uma que adaptei ao que tinha em casa e ao meu gosto pessoal. Adaptem também de acordo com o vosso gosto, essa é a parte melhor de cozinhar.
O molho de tomate à parte foi uma excelente ideia. A inspiração veio daqui.
O acompanhamento de chips de beterraba surgiu por ter visto uma publicação da Mafalda nesse dia e por achar que ficava aqui bem. E ficou mesmo.

Espero que gostem.
A receita dá para duas doses.

Vão precisar de:

Para os cogumelos:
- 2 cogumelos Portobello grandes
- 2 mãos cheias de folhas de espinafre baby
- 1 mão cheia de cogumelos shitake secos
- 1 chalota
- 1 colher sopa de tomate seco
- 1 dente de alho
- Pimenta preta q.b.
- Flocos de chili q.b.
- Folhas de manjericão fresco q.b.
- 1 colher sopa de azeite
- Queijo Gran Padano ralado q.b.
- 1 queijo mozarela fresco

Para a quinoa:
- 2/3 chávena de quinoa
- sal q.b.
- 1 colher sobremesa de manteiga
- 1 + 1/3 chávena de água

Para o molho de tomate:
- 1 chalota picada
- 1 dente de alho picado
- 1/2 talo de aipo picado
- 1/2 lata de tomate triturado
- 1 colher café de açúcar mascavado
- 1 colher sopa de azeite
- sal e pimenta preta q.b.

Para os chips de beterraba:
- 2 beterrabas descascadas frescas
- salva desidratada q.b. (porque não tinha fresca)
- sal e pimenta preta moída na altura

Começar por hidratar (colocar de molho em água) os cogumelos shitake e o tomate seco. Se for tomate seco conservado em azeite não é necessário. É só retirar do frasco. Picar e reservar.
Depois, cozinhar a quinoa: lavar muito bem a quinoa em água fria corrente e levar ao lume a água até ferver, juntar a quinoa, o sal e a manteiga - eu gosto de acrescentar só um bocadinho porque deixa a quinoa mais cremosa. Deixar cozinhar num tacho tapado, até a água evaporar. Reservar.

Preparar as beterrabas cortando-as em rodelas e colocando num tabuleiro forrado a papel vegetal, dispor as rodelas e temperar. Levar ao forno até estarem cozinhadas. Reservar.



Retirar os pés dos cogumelos Portobello e pica-los. Numa frigideira colocar a chalota e o alho com o azeite e deixar até ficarem transparentes, depois juntar o tomate seco picado e os pés dos cogumelos e os shitake, já demolhados, picados. Deixar refogar 1 ou 2 minutos para ganhar sabor e de seguida adicionar os espinafres. Deixar em lume baixo até os espinafres murcharem. Adicionar o queijo ralado na altura e temperar a gosto com a pimenta preta, o chili e o manjericão fresco picado.

Untar com um fio de azeite um tabuleiro de ir ao forno e colocar as cápsulas dos Portobello reservadas, recheá-las com o preparado anterior e colocar fatias de mozarela fresco por cima. Tapar com papel de alumínio e levar ao forno ventilado, pre aquecido a 200ºC por cerca de 20 a 25 minutos.
Próximo do fim, retirar a folha de alumínio para deixar o queijo ganhar cor.

Enquanto os cogumelos estão no forno, fazer o molho de tomate: colocar o azeite num tacho juntamente com a chalota e o aipo picado, mexer até ficarem transparentes, adicionar o alho picado e deixar cozinhar 1 minuto tendo cuidado para não deixar queimar. Adicionar o puré de tomate e o açúcar (que corta a acidez do tomate), temperar a gosto e deixar cozinhar uns minutos. Se acharem que o molho se está a pegar ao tacho ou muito seco adicionar um pouco de água.

Servir um cogumelo por pessoa com a quinoa e o molho de tomate separados no prato.

Aqui está uma refeição completa e cheia de coisas boas e muita cor.
Parece muito trabalho mas garanto que vale cada bocadinho.

Bom apetite.





quarta-feira, 23 de março de 2016

Legumes caramelizados com Arroz integral

Estamos em tempo de quaresma, abstinência, renuncia. Sejam crentes ou não a verdade é que pro variadíssimas razões muitos fazem deste um período de reflexão, seja por motivos religiosos ou apenas porque chega a Primavera e é tempo de renovação. Como tal e nos próximos dias conto deixar-vos um conjunto de propostas vegetarianas ou até vegan e em ambos os casos cheios de coisas boas para a saúde. Afinal não é um sacrifício, é um prazer e se calhar é necessário repensar a abstinência. 

Às vezes complicamos e o mais simples é mesmo o melhor. Esta é a forma mais simples com os legumes que tinha no frigorifico e com uns resto de arroz integral que tinha de sobra de outra refeição.

Esta é uma dose individual, mas basta acrescentar os ingredientes a gosto para mais pessoas.

Vão precisar de:
- 1 ramo de bróculos partido em pedaços mais pequenos
- 1 cenoura média cortada em fatias finas
- 1 chalota laminada
- 1 dente de alho laminado
- 1 colher sopa de gengibre picado 
- 1 colher chá óleo de sésamo prensado a frio q.b.
- 1 fio de azeite 
- sal e pimenta preta moída na altura q.b.
- flocos de chili
- amêndoas tostadas
- sementes de sésamo pretas q.b.

- Arroz integral previamente cozinhado

Começar por preparar previamente os legumes para ter tudo pronto antes de cozinhar.
Numa frigideira anti-aderente (ou num Wok) colocar o óleo sésamo e o fio de azeite. Juntar e gengibre e a chalota até esta ficar transparente. Juntar os restantes legumes e deixar caramelizar. Quando começarem a ficar moles adicionar o alho laminado para que não queime.

Colocar o arroz integral numa tigela e os legumes ao lado. Na frigideira onde fez os legumes tostar ligeiramente as amêndoas e adicionar ao prato. Polvilhar com sementes de sésamo e temperar a gosto com sumo de limão.

Bom apetite.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Bibimbap Vegetariano

O Bibimbap é um prato coreano que eu decidi hoje fazer para o jantar depois de ter encontrado aqui uma receita adaptada mais saudável e vegetariana. Basicamente é uma mistura de arroz que deve ser servida com um ovo estrelado por cima. Eu quis torna-la mesmo saudável e adicionei um ovo estrelado...em água. Sem gordura absolutamente nenhuma.
Se quiserem tornar o plano completamente vegan basta eliminar o ovo, mas então não será bibimbap.
Deixo-vos a receita para uma pessoa, que foi a dose hoje aqui em casa.
Uma taça cheia só para mim. E que bem que soube.
A dose que deixo de arroz integral é para mais que uma pessoa, podem depois guardar no frigorifico, aguenta mais ou menos 3 dias e podem usar para uma salada ou acompanhar outro prato.

Vão precisar de:

ARROZ
- 1 chávena de arroz integral
- 2 chávenas de água
- 1 colher café de manteiga, usei vegetal (opcional)
- sal q.b.

MISTURA DE LEGUMES

- 1 colher sobremesa de óleo de sésamo
- 1/2 colher sopa de gengibre picado fresco
- 1/2 pimento chili verde
- 1 dente de alho grande
- 1/2 curgete
- 1 cogumelo Portobello grande
- 4 folhas de couve Kale
- 1/2 ou 1 abacate
- Molho Sriracha (molho de pimenta tailandês com um gosto característico)

- 1 ovo
- água q.b.

Começar por cozinhar o arroz integral pois é o que demora mais tempo, o resto é bastante rápido. Eu utilizo a técnica que a Mafalda Pinto Leite tem no seu livro As Receitas da Mafalda, mas deixo cozinhar um pouco menos porque gosto do arroz "al dente".
Numa caçarola colocar as duas chávenas de água e levar ao lume. Assim que ferver deitar a chávena de arroz, temperar com sal a gosto e deitar a manteiga. Tapar e colocar em lume baixinho e deixar ficar até estar cozido. No livro a Mafalda recomenda 45m para esta dose, eu costumo fazer cerca de 30 minutos e fica como gosto. Reservar.

Numa frigideira antiaderente ou num wok colocar o óleo de sésamo, o alho e o gengibre picados e adicionar a curgete  e o cogumelo fatiado. Deixar fritar até amolecer ligeiramente. Cuidado para não ficar muito em papa. Eu gosto dos legumes como o arroz, ligeiramente estaladiços.
Retirar os legumes para um prato e reservar. Tentar deixar um pouco de alho e gengibre picado na frigideira.
Na mesma frigideira deitar as folhas de couve kale (já encontrei facilmente à venda numa grande superfície) e 2 colheres de sopa de água e deixar amolecer. Deve adicionar-se água para o alho não queimar, caso contrário fica com um gosto mau. Aprendi a fazer assim a couve chinesa Pak Choi e usei a mesma técnica. Se a água evaporar adicionar mais até a couve estar a gosto. Podem depois deixa-la fritar ligeiramente.

Numa frigideira pequena colocar água ao lume até ferver, deitar uma a duas gotas de vinagre e adicionar o ovo sem mexer na água. Deixar "fritar" a gosto e retirar para um prato para ficar sem água. Garanto que apesar de estranho fica igual a um ovo estrelado e é muito mais saudável. O ovo fica melhor se ficar mal cozinhado. Uma das coisas boas do bibimbap é deixar a gema escorrer e ensopar o arroz.

Numa tigela colocar uma base de arroz e por cima, e dos lados os legumes em montes, separadamente. Colocar o ovo por cima e um pouco de molho Sriracha. Pode parecer esquisito mas faz toda a diferença.

Fatiar um abacate e colocar no prato para acompanhar.

Bom apetite!


Nota: esqueci-me de polvilhar com sementes de sésamo, fica muito bom.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Mini Cakes de Chocolate com recheio de Nutella

Bolinhos de chocolate ou se quiserem pecados de chocolate, mas às vezes sabem tão bem.
Esta receita foi adaptada do livro As receitas da Mafalda, da Mafalda Pinto Leite.
Fiz como habitual, à minha maneira, num modo não tão saudável mas de vez em quando também não faz mal não é!?
Totalmente sem gluten e pode ser tornado vegan substituindo a margarina por óleo de coco.
São muito rápidos e fáceis de fazer por isso se ainda precisam de um mimo de última hora neste domingo ainda vão a tempo.

Vão precisar de:

- 1 chávena de leite de amêndoas
- 1 colher chá de vinagre de sidra
- 1/2 chávena de açúcar mascavado (uso do comércio justo e compro no Lidl)
- 1/3 chávena de margarina derretida (usei Vaqueiro com sabor a manteiga)
- 1/3 chávena de cacau em pó (sem adição de açúcar)
- 1/2 chávena de farinha sem gluten (utilizei BezGluten)
- 1/2 chávena de farinha de trigo sarraceno
- 2 colheres de sopa de preparado para pudim de baunilha (compro em packs no Lidl sem gluten)
- 1 colher de chá de fermento em pó
- 1/2 colher chá de bicarbonato de sódio
- 1 pitada de sal

- nutella q.b.

Em primeiro lugar colocar a colher de chá de vinagre na chávena de leite e deixar peplo menos 5 minutos (faz o efeito do buttermilk). Reservar.
De seguida começar por untar com margarina derretida umas formas de queque com um alto no meio. São as que permitem rechear. Se não tiverem destas podem sempre fazer em formas normais de queque/muffin e barra-los ou recheá-los.
Numa tigela misturar bem as farinhas, o fermento, o preparado para pudim, o cacau, bicarbonato e o sal.
Noutra tigela colocar a manteiga derretida com o açúcar, se ainda estiver morna facilita pois ajuda a dissolver o açúcar e mexer com uma colher (eu uso um salazar). Incorporar a mistura das farinhas e por fim deitar o leite e misturar bem. até ficar uma mistura homogénea.
Colocar a massa nas formas até cerca de 2/3 de altura pois ainda crescem um bocadinho.
Levar ao forno aquecido e ventilado a 200ºC. Atenção que em cerca de 10 minutos estão prontos, basta comprovar pelo teste do palito.
Desenformar virando a forma de cabeça para baixo, é importante estar a forma bem untada para os mini bolos saírem bem da forma. Colocar numa rede uns minutos até arrefecerem. Se tiverem crescido em demasia aparar a base com uma faca.


Rechear a gosto com nutella ou outro doce, ou ainda se preferirem natas batidas e colocar uma framboesa fresca a decorar.
São ótimos ainda mornos mas frios também são deliciosos.



Bom apetite!








terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Creme de cenoura especial

Como prometido aqui fica uma receita nova.
Quando está frio apetece mesmo uma sopa quentinha. Cheia de nutrientes esta é uma opção também saudável e até serve para quem está de dieta.
Num dia de semana, ao jantar, um bom prato desta sopa satisfaz-me completamente acompanhada por uma tosta com queijo fresco.

Vão precisar de:

- 4 cenouras grandes
- 1 curgete média
- 1 batata doce pequena
- 2 talos de aipo
- 1 cebola média
- 1/4 de abóbora manteiga (média)
- manjericão fresco q.b.
- sementes girassol, abóbora e pinhões (opcional) q.b.
- azeite q.b.
- flocos chili (opcional) q.b.


Numa panela colocar cerca de duas colheres sopa de azeite e a cebola picada e os flocos de chili a gosto e deixar quase caramelizar. Em seguida adicionar o aipo cortado em fatias e deixar ficar transparente.
Depois adicionar as cenouras e a batata doce descascadas e cortadas em pedacinhos e deixar mais 1 ou 2 minutos até amolecerem ligeiramente e por fim a abóbora também descascada e livre de sementes cortada em cubos pequenos.
Adicionar cerca de 6 a 8 chávenas de água quente, conforme pretendem o creme mais ou menos consistente e deixar ferver até os legumes estarem cozidos. Eu costumo adicionar as 6 chávenas e no fim ajusto a gosto.
Deixar arrefecer um pouco e passar no liquidificador. Normalmente em duas vezes.
Pode ser feito com a varinha mágica mas no liquidificador a sopa fica muito mais cremosa. Se tiverem um robot de cozinha também podem utilizar.
Servir com folhas de manjericão frescas e as sementes ligeiramente tostadas numa frigideira antiaderente.




Bom apetite!



segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Barrinhas de Maçã, Banana e Canela (sem gluten, sem lactose e sem açucar)

Quem é celíaco sabe da necessidade de ter sempre um snack preparado para levar para longas ausências de casa, quer para trabalhar ou para passear.
Estas barrinhas são ideais. E para além de serem muito saborosas são completamente vegan e não têm açúcar fazendo com que se tornem bastante saudáveis.
São também muito boas torradas se não forem consumidas logo de imediato.
Para além disto tudo são também muito fáceis de fazer. Fruto da imaginação com o que tinha aqui por casa.
Esta dose é uma dose pequena, para aumentar a quantidade é só duplicar a receita.


Vão precisar de:

-1 banana bem madura
- 2 maçãs
- 5 tâmaras (previamente demolhadas em água quente)
- 1/2 chávena de farinha de trigo sarraceno
- 1/3 chávena de farinha de arroz
- 1/3 chávena de amêndoas laminadas tostadas
- 1 colher sopa de canela
- 1 colher sobremesa de fermento em pó

Aquecer uma frigideira antiaderente e tostar ligeiramente as amêndoas, só até dourar. Deixar arrefecer e corta-las grosseiramente com uma faca.
Numa taça esmagar bem a banana com um garfo. Descascar e ralar uma maçã na parte grossa do ralador e a outra na parte fina. Adicionar a canela, mexer bem e em seguida as farinhas com o fermento misturado. Misturar bem, só para envolver. Não é necessário bater.
No fim adicionar as tâmaras picadas a gosto (mais ou menos picadas conforme gostam de sentir os pedacinhos) e as amêndoas. Se não gostam de tâmaras podem substituir por 2 colheres de sopa de passas, previamente demolhadas.
Espalhar e alisar a massa num tabuleiro forrado com papel vegetal. A massa fica fininha e não cresce.
Levar ao forno, previamente aquecido a 180ºC até estar cozida (teste do palito).
Retirar do tabuleiro, mantendo o papel vegetal e deixar arrefecer ligeiramente numa rede.
Cortar a massa em barrinhas e retirar o papel vegetal.
Estão prontas a saborear.



Bom apetite!



domingo, 24 de janeiro de 2016

Bolo de Maçã (sem gluten)

É domingo. E o domingo pede sempre um bolinho caseiro.
Este é um favorito aqui de casa. É ótimo morno mas também se come muito bem frio.
Muito fácil de fazer e rápido.
Ainda vão a tempo.

Vão precisar de:

4 ovos inteiros
1 chávena de açúcar mascavado
50 gr de manteiga derretida (usei Vaqueiro, sabor a manteiga)
1/2 chávena de farinha de arroz
1/2 chávena de amido milho (Maizena)
1 colher sopa de fermento em pó
3 maçãs
1 colher sobremesa de canela + para polvilhar

Começar por bater bem com a batedeira os ovos durante cerca de 5 minutos. De seguida adicionar o açúcar e bater bem, em seguida a manteiga que deve estar fria e por fim as farinhas com o fermento adicionado e a canela. Não é preciso bater muito depois de adicionar as farinhas, apenas o suficiente para as envolver bem.
Colocar num tabuleiro pequeno, forrado com papel vegetal e dispor em fatias as maçãs sem casca. Polvilhar com canela e levar ao forno, pré aquecido a 180º até estar cozido (teste do palito).


Depois é só saborear com um chá ou café. Também é muito bom ao pequeno almoço.
Bom apetite!



 

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